quinta-feira, 30 de junho de 2011

Negociações

- Pedroca, você tá amigão do Leo agora, né?
- É, mamãe, ele tá legal!
- Que bom! Ele não fica mais querendo mandar em você?
- Ahhh... De vez em quando ele quer ser o chefe da brincadeira...
- E aí?
- Aí eu deixo, né? Eu não sei fazer par-ou-ímpar direito... Nem ele... Nem dois-ou-um. Só joquempô. Mas eu nem ligo. Eu digo pra ele: Vai, Leo, pode ser o chefe, tudo bem. Faz de conta que eu sou o Scooby-doo, e você, o Salsicha. E vamo brincar!

domingo, 19 de junho de 2011

Pequeno Volp Yannesco

- Abô = acabou.
- Ata! = eca!
- Atoda! = acorda!
- Bodabidá? = posso pintar?
- Betats = Backyardigans.
- Biitinho = bonitinho; (var.) mitinho.
- Bôta = boca.
- Caranojo = caramujo (genérico: napa).
- Cháli = Charlie; gato em geral.
- Ché = Shrek.
- Diiça = delícia.
- Fois = flor.
- Gado = obrigado(a); (var.) dadado.
- Memênti = Megamente.
- Môta = Mônica.- Napa = qualquer coisa sem nome conhecido.
- Papapapá = Bob Esponja Calça Quadrada.
- Pei = peito (ou seja, "quero mamar").
- Pataio = papagaio.
- Piito = pirulito. 
- Pôba = pomba.
- Pooite = boa noite; (var.) poite ("boa noite" brava ou com pressa).
- Pota = pipoca.
- Potó = cavalo.
- Supípi = Desculpe.
- Taão = macarrão.
- Talo = carro; (var.) bibi.
- Teceteza = tenho certeza.
- Tibiitinho... = que bonitinho...
- Tiindo! = que lindo!
- Tiooojo! = que nojo!
- Tolo = colo.

- Tuntum = cocô.
- Xiita = mexerica.

sábado, 18 de junho de 2011

Beira-mar novo

Beira-mar, beira-mar novo
Foi só eu é que cantei
Ô beira-mar, adeus dona
Adeus riacho de areia

Vou levando minha canoa
Lá pro poço do pesqueiro
Ô beira-mar, adeus dona
Adeus riacho de areia

Arriscando minha vida
Numa canoa furada
Ô beira-mar, adeus dona,
Adeus riacho de areia

Adeus, adeus, toma adeus
Que eu já vou me embora
Eu morava no fundo d'água
Não sei quando eu voltarei
Eu sou canoeiro

Eu não moro mais aqui
Nem aqui quero morar
Ô beira-mar, adeus dona,
Adeus riacho de areia

Moro na casca da lima
No caroço do juá
Ô beira-mar, adeus dona,
Adeus riacho de areia

Adeus, adeus, toma adeus
Que eu já vou me embora
Eu morava no fundo d'água
Não sei quando eu voltarei
Eu sou canoeiro

Rio abaixo, rio acima
Tudo isso eu já andei
Ô beira-mar, adeus dona,
Adeus riacho de areia

Procurando amor de longe
Que perto eu já deixei
Ô beira-mar, adeus dona,
Adeus riacho de areia

Composição : Folclore do Vale do Jequitinhonha / Adaptação: Frei Chico e Lira Marques

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Papo escatológico de fim de noite

- Ah, não, a Yanni fez cocô... Eca!
- E o papai largou ela aqui só pra eu ter que trocar. Que saco! Deixa eu ir lá...
- Nada disso, mamãe! Por que só você? Vou chamar o papai, ele também tem de sofrer um pouquinho.
- Hahahahahaha, então chama ele, Pedro.
- Papaaaaai! Vem pegar a Yanni, que a gordabol fez cocô. Agora você tem que sofrer as consequências também.
- Eu já sofri as consequências hoje duas vezes.
- Hahahahahaha, Pedro, você tá muito inspirado, vou ter que ligar de novo o computador pra colocar isso no blog.
- É, mamãe, eu fiz isso de propósito. Queria mesmo que você ligasse o computador.

Gostos exóticos

   Na missa de 1 ano de morte da bachan, o Pedroca contempla a mesa recheada de guloseimas japonesas. O tio sarrista ao lado apresenta as novidades:
   – Sabe o que é aquilo lá, Pedro?
   – Não!
   – Minhoca. E aquilo lá?
   – O que é?
   – Barata. E esse prato é de lesma com cobra. Delícia, né?
   – É. Ah, mamãe, aquilo lá é a comida preferida do Yang, da minha escola.
   – Legal! Quer experimentar?
   – Quero.

 Instantes depois...

  – E aí, Pedroca, gostou?
  – Adorei! Melhor coisa que eu já provei. Mas não quero mais não.

Ancestrais

- Mamãe, é verdade que todo mundo é um pouco índio?
- É sim, Pedro.
- Você também?
- Eu não, porque os meus avós vieram de longe, de outros países.
- Ah é! De Ibiúna, né?