d’água doce cantadeira
tramada em fios de ouro
veios de musgo
aguapés e ninfeias
cortejadas por pássaros e libélulas
Tem canto, conto
brincadeira
é gente indo e vindo
nessa terra
povoada de bem-viver
Em terra de cabinha tem a gente
de novo cabinha
pé descalço, sola preta
cabinha cabreira
brincante de terra
caçadora de águas secretas
pirata com seus mapas furados
Essa minha terra de cabinha
é sim, uma utopia
Um não lugar
Querência que se desenha
em compasso
na pisada do chão
no esfumado grafite da imaginação
Lugar sagrado que mora em mim
A terra sem males guarani
Fincada na linha cigana do horizonte
Lá onde se encaminha
a minha caravana
levantando o pó da estrada
O ar se enche de cantos
com choro risonho de rabeca
saias giram coloridas
cães pulam e latem alegres
O coração palpita
Olhos e ouvidos alertas
Mãos e pés a postos
Eis o meu destino
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