sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Sobre ventos e moinhos


Nesta manhã chuvosa, fazendo revisão de livro didático (sim, volta ao trabalho depois de 5 meses de licença-maternidade!), leio trechos de Dom Quixote (ed. Record). O que me desperta a vontade, nunca saciada, de ler (ou reler) clássicos. Razões não faltam, como Ítalo Calvino nos expõe deliciosamente. Falta tempo. Mas isso é fácil, só priorizar estas leituras, não é?

Dom Quixote eu li adaptado, pelo Monteiro Lobato, com as célebres intervenções asneirentas da Emília, no Sítio do pica-pau amarelo. Falta ler o original, o que vou colocar naquelas eternas listinhas...

Mas também não vejo a hora de reler essa adaptação com meus pequenos. Já fico imaginando a carinha dos dois, as risadas e mais asneirices que renderão futuras postagens neste blog.

E copiando a ideia da minha amiga Solange, que adorei, lanço a questão: que clássico você gostaria de ler ou reler? E em que circunstâncias?

2 comentários:

Solange Lemos disse...

Pergunta difícil... São tantos! Dia desses estava namorando bem do meu ladinho, na estante, a lombada de "A outra volta do parafuso", de Henry James, enquanto trabalhava no computador. Mas "Guerra e paz" volta e meia me acena também, da mesma estante. Isso pra não falar de "Campo geral", "Os miseráveis"... Depende muito do dia. Ah, sim, as circunstâncias: nalgum lugar tranquilo, quem sabe numa rede, totalmente entregue a essa viagem para outro mundo. Beijocas!

Unknown disse...

Coincidência, estou relendo D. Quixote, Ed. 34, edição bilíngue. O primeiro contato com a obra foi nos porões da ditadura em 1970. Nem lembro como chegou às minhas mãos. Talvez alguém tentando mudar nossas intenções e salvar seus moinhos. As circunstâncias, desta vez, são muito melhores. Aposentado, morando em uma casinha, cercada de mato. E o livro é meu.

José Castro