segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Febre musical


Pedalada domingueira, Maia e Pedro na frente, eu e Nani atrás. Ao lado, passa um carro cujo dono certamente tem deficiência auditiva, visto o pancadão a todo volume, estremecendo o ar bem além do que a física acústica pode explicar. Faço um comentário maledicente e continuo pedalando. 

Alguns minutos depois, estranhando o silêncio da minha companheira de bike, pergunto: "Tudo bem por aí, Nani?"
Silêncio.
Olho pra trás e vejo uma carinha muito séria.
Insisto: "O que foi, Nani? Tá se sentindo mal?"
Depois de alguns instantes, vem a resposta: "Não tô nada bem, mamãe. Aquela música horrível me deixou com febre."
A gargalhada é imediata, ao que ela retruca, muito ofendida: "Não tem graça, mamãe!"

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