O mundo lateja neste nervo exposto
mergulham agulhas nos olhos ouvidos
a pele eriça lacrimejam os poros
abertos à atmosfera
elétricas partículas
partituras
brilham as claves do sol
os pés desavisados à dança
alucinam
meus passos no contratempo
pisam os bicos alheios
as margens transbordam
invadindo as matas
dos meus cílios
e o olho d’água explode sua íris
em mil cores
faz-se a luz em ponte
Quem sou tu?
és nós eu?
Atam-se atos
transversos
Nenhum comentário:
Postar um comentário