terça-feira, 28 de agosto de 2018

Canto aos mares íntimos
e aos mares nunca dantes
aqueles que cabem no peito
e os que extravasam em pranto


Canto aos seus marulhos
e ao silêncio que nos olhos planta
esse verde azul doído
galopando o horizonte em fuga


Mas com mãos de seda e névoa
uterino invade
deixando o sêmen de sal
no ventre do dia que nasce

Poema: Tamara Castro

Tela:Wladimir Kush

Nenhum comentário: